Tarrus Riley
Nascido em 1979, Tarrus Riley consolidou-se nos últimos cinco anos como o melhor entre os novos cantores que narram o quotidiano doloroso da gente jamaicana, que tem na música uma importante fonte de apoio e de orgulho cultural.
Filho do cantor Jimmy Riley, Tarrus uniu-se desde jovem ao saxofonista, productor e descobridor de talentos Dean Fraser e em 2004 debuta com o seu CD 'Challenges'. Mas é com 'Parables' em 2006 quando alcança o exito a nível mundial, graças a grandes canções número um em Jamaica como: 'She's royal', 'Stay with you', 'Micro chip' e 'One two order'.
Com o sucessivo 'Contagious' manteve elevados os standards de qualidade, devido também ao single dancehall 'Good girl gone bad' em combinação com Konshens.
Recentemente contou a magnificiencia dos reis africanos em 'Shaka zulu pickney' e tem pressa em lançar o seu novo CD acústico intitulado 'Mecoustic', que terá também versões das suas melhores canções.
Alpha Blondy
Com a sua excepcional banda, este artista deixou sempre no nosso festival concertos memoráveis nos quais o som essencial do roots reggae une-se magistralmente às propostas africanas. O marfinense Alpha Blondy é, de facto, o artista que mais contribuiu na sua longa carreira a levar a música jamaicana até às suas raízes no continente africano.
Depois duma infância marcada pelo amor pelo rock e o jazz, descobriu o reggae através de Bob Marley e Burning Spear numa longa estancia em Nova York nos anos setenta. Ao voltar à Costa do Marfim, Alpha deu vida a uma aventura artística excepcional, que passa por obras de arte como 'Cocody rock', 'Apartheid is nazism', 'Jerusalem' e 'Yitzak Rabin', este último gravado em Jamaica em colaboração com os Wailers.
Em 2011 interrompeu um silêncio discográfico de quatro anos com o seu último CD, 'Vision'.
Beenie Man
Beenie Man é um dos maiores artistas de dancehall de toda a história do reggae, graças à sua incrível mistura de capacidade técnica e inventiva, que permitiu sempre criar grandes proezas sobre todo o tipo de ritmos.
Nasceu em 1973 e nos finais dos anos setenta começou a frequentar as dancehalls e os estúdios de gravação, desde uma tenra idade: era tão pequeno que precisava de uma caixa de cervejas debaixo dos seus pés para chegar ao microfone.
Alcançada a maturidade, e com uma enorme bagagem de experiência às costas, teve uma autentica explosão de criatividade depois de 1995: As suas músicas em que toda a Jamaica (e não só),
cantava e dançava era impressionante; foi nomeado durante quatro anos consecutivos DJ do ano: apareceu em 1997 no filme "Dancehall Queen", na que contribuiu no lançamento da banda sonora e obteve o Grammy Award em 2001 com o seu álbum "Art & Life".
A sua rivalidade histórica com Bounty Killer alimentou durante anos, as experiências de um ambiente criativo muito competitivo como o da dancehall jamaicana, tendo também inúmeras colaborações de grandes artistas da "black music" como por exemplo, Janet Jackson e Wyclef Jean.
Etana
Com os seus primeiros dois CDs, com os nomes "The Strong One" e "Free Expressions", Etana demonstrou ser umas das melhores esperanças da música jamaicana. A sua força está na sua belíssima voz, carregada de gospel, no seu optimo talento de compositora com textos, confrontantes com a realidade jamaicana e a sua capacidade de misturar o reggae com outros géneros musicais como o soul e o pop.
Devem-se recordar, do trabalho com Alborosie em "Blessings", o doce hino ao amor, que alcançou o número um do top na Jamaica em 2009, também cantou outro êxito, sobre a realidade do ghetto em "August Town".
O seu trabalho de estreia, esteve marcado por ecletismo, em "Free Expressions" a cantora concentrou-se mais no seu amor pelo reggae, nos seus ultimos concertos evidenciam uma recenta paixão por outro tipo de estilos, como o ska, que deverão surgir no seu novo trabalho, que estará para breve.
Michael Rose
Chega-nos outro grande artista que tem vindo a atravessar várias épocas da história do reggae com a sua potente voz e uma grande força expressiva. Depois dos seus primeiros singles para produtores como Niney The Observer e Lee Perry, juntou-se aos Black Uhuru em 1977. Com esta banda com sons inovadores no âmbito do roots realizou albuns sensacionais como "Black Sounds Of Freedom", "Sensimilla" e "Anthem". Com este ultimo, o grupo conquistou em 1985 o Grammy Award.
Abandonou os Black Uhuru, Michael fez uma pausa de reflexão, durante alguns anos para começar uma carreira frutífera a só, em que o seu estilo vocal soube juntar-se na perfeição aos novos sons digitais, através de um grande numero de álbuns e singles.
Depois do breve parêntesis na sua união com os Black Uhuru, este poderoso vocalista triunfou no campo do dancehall em 2008, com o seu single "Shoot Out", juntamente com Damian Marley.
Jah Mason
De regresso ao Sunsplash, temos um grande artista do new roots jamaicano: trata-se de Jah Mason, o veterano antes conhecido por Perry Mason, que com a troca do nome artístico, ficou famoso pelo seu caracteristico estilo Sing-Jay e a sua adesão à corrente Rasta dos Bobo Dreads e a afinidade estilistica com artistas como Capleton, Sizzla ou Anthony B.
O seu renascimento "conscious" esteve ligado a Flames de Tony Rebel, que deixou mais tarde para gravar um fluxo continuo de hits para vários produtores, entre os quais estão os europeus Hi Score, One Love e Pow Pow.
Depois do seu concerto de 2010, juntamente com a banda francesa Dub Akom, o som de Jah Mason, irá ressoar de novo sobre o nosso Main Stage.
Sly & Robbie, Ernest Ranglin & Monty Alexander ft. Bitty McLean
Hoje confirmamos uma actuação que não se pode perder em absoluto, que leva o reggae até às suas raízes impregnadas de jazz: Monty Alexander é um pianista de jazz que nasceu e cresceu na Jamaica e que, apesar das suas importantes experiências como solista ou em conjunto com personagens como Frank Sinatra, Dizzy Gillespie e Oscar Peterson entre outros, nunca esqueceu o seu amor pela ilha caribenha e a sua cultura musical.
Bem conhecido na cena dos clubs de Kingston, o guitarrista Ernest Ranglin aproximou desde o principio o jazz ao rythm & blues jamaicano e ao ska através do toque literalmente mágico da sua semi-acústica: Todos os coleccionistas conhecem bem os seus fantásticos temas como solista no Studio One.
Ambos unem-se aos gémeos do ritmo Sly & Robbie, que juntos formam a secção rítmica mais famosa da história do reggae, mas nunca se fecharam a outras experiências na música negra. E assim surge um show extraordinário à base de sensibilidade jazzística e grandes colaborações, levadas ao âmbito reggae através da menção de importantes temas das raízes da música jamaicana.
Convidado deste quarteto, à voz estará Bitty McLean, o cantor de Birmingham que se deu a conhecer recentemente graças à sua bela voz e a uma atitude próxima à dos grandes cantores da tradição jamaicana.
Max Romeo
Max Romeo é um dos heróis do período em que o reggae nasceu e desenvolveu, adquirindo uma grande fama em todo o mundo. O seu primeiro grande êxito, "Wet Dreams", produzido por Bunny Lee, subiu o top pop em Inglaterra em 1969 e levou ao lançamento no ano seguinte, do seu primeiro álbum "A Dream".
Depois disso, encontrava-se no meio de um verdadeiro vórtice criativo, graças à sua estreita colaboração com produtores como Niney The Observer e Lee Perry: Neste período destaca-se com temas de inspiração Rasta e com o apoio musical na campanha eleitoral do líder do PNP Michael Manley, de quem Max era um fervente admirador.
Da colaboração com Lee Perry, surgiram as suas jóias mais apreciadas, como "One Step Forward", "Chase the Devil" e "War Inna Babylon", incluídas no seu álbum que tinha o mesmo nome que esta ultima música. A sua vasta carreira com numerosas auto-produções,tem também uma grande amizade com Keith Richards dos Rolling Stones, que ainda hoje perdura.
Max Romeo vem a Benicassim pela segunda vez, depois da sua estreia no Sunsplash de 2010.
Tanya Stephens
Apesar de ter menos visibilidade que os seus colegas homens, as mulheres do reggae jamaicano, têm talento, criatividade e sobretudo coragem para enfrentar, como autoras, temas polémicos. Como tal, a carreira de Tanya é absolutamente exemplar: Iniciou-se como artista de dancehall, na metade dos anos 90 com hits como "Yu nu ready fi this yet" ou o "Handle the ride", antes de se iniciar no reggae, com o clássico "It's a pitty".
Conquistando o respeito do publico do reggae mundial, desde esse momento, Tanya transformou-se assim, numa cantora refinada mas ao mesmo tempo, alguém realmente apaixonada pelo reggae, em que se pode sentir nos seus albuns "Gangsta Blues" e "Rebelution" temas importantes como a discriminação de classes, raça e sexo, a discutida condição da mulher na Jamaica, no mundo e a luta contra a violência e a injustiça. O seu ultimo CD "Infalible" saíu em 2010.
Mais info: www.rototomsunsplash.com
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