A equipa do Rototom Sunsplash anunciou a primeira grande presença no Rototom Sunsplash 2011.
"Trata-se da Prémio Nobel da Paz 2003, Shirin Ebadi, a primeira mulher muçulmana a recebê-lo, a primeira juíza da história do Irão e, hoje em dia, uma advogada e escritora activista que continua a lutar para defender os direitos humanos, especialmente das mulheres e crianças, no seu país.
"Trata-se da Prémio Nobel da Paz 2003, Shirin Ebadi, a primeira mulher muçulmana a recebê-lo, a primeira juíza da história do Irão e, hoje em dia, uma advogada e escritora activista que continua a lutar para defender os direitos humanos, especialmente das mulheres e crianças, no seu país.
Para o festival é um orgulho e uma honra de confirmar que Shirin Ebadi estará em Benicàssim entre 18 e 21 de Agosto de 2011 e vai participar numa entrevista aberta ao público na tenda cultural do recinto, que vai abordar a situação actual no Irão e mulheres no mundo islâmico. Será a primeira vez que um Prémio Nobel da Paz é integrado na programação de um festival de música.
A trajectória de Shirn Ebadi (Hamedan, Irão, 1947) é o paradigma da luta de uma mulher em circunstâncias particularmente adversas, mas a sua biografia também oferece uma variedade de nuances que a tornam ainda mais interessante. Lutando com o governo do seu país, que a, afastou da magistratura apesar dela ter apoiado a revolução que estabeleceu a República Islâmica, tem orgulho na fé muçulmana - um dos seus últimos livros abre com uma citação do Corão- e argumenta que não é o Islão, mas a interpretação do mesmo, a causa da discriminação contra as mulheres no Irão e em todo o mundo islâmico. Causa a que se dedicou com todos os seus esforços ao longo das últimas três décadas.
Shirn Ebadi graduou-se como advogada na Universidade de Teherán em 1968 e em 1969 tornou-se a primeira mulher juiz na história do Irão, continuou a estudar para o seu doutorado em 1971 em Direito Privado. Em 1979 apoiou a Revolução Islâmica, na esperança de conseguir um governo mais justo para o seu país, mas logo ficou desiludida com o resultado e foi forçada a demitir-se do cargo de juíza: pois uma nova lei surgiu a proibir as mulheres nesses cargos. Foram-lhe oferecidos empregos de administração no mesmo tribunal e, perante os seus protestos, o título de especialista em Ministério da Justiça, mas declinou tudo e pediu a reforma antecipada da carreira.
Desde então Shirn Ebadi é uma advogada dedicada a defender as vítimas, principalmente mulheres e crianças, e os dissidentes do regime Irão, e também, escreve livros e artigos de jornal para educar os seus concidadãos e o o mundo sobre esses problemas. Em 2003, foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz "pelos seus esforços pela democracia e direitos humanos" tornando-se a primeira mulher muçulmana a receber este prémio, que a relançou como referência a nível internacional. No Rototom Sunsplash falará da situação actual do Irão e as mulheres no mundo islâmico, temas que ela também se mostra crítica em relação à posição do Ocidente, numa entrevista aberta ao público."
Fonte: RototomSunsplash
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